sexta-feira, 2 de julho de 2010

A queda e a redenção do homem. Parte 6.

A graça abundante-Parte 2.

Embora Deus tenha estendido Sua misericórdia a toda a humanidade, o homem perseverou em seu pecado, e para que Deus não destruísse o ser humano, escolheu um homem, chamado Jesus, depositando n’Ele o pecado de todos nós, convertendo-se, desse modo, a fé em Jesus na única fonte de salvação para a humanidade. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não é de vós, pois é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8-9). “E se pela graça, já não é por obras; de outro modo a graça já não é graça. E se por obras, já não é graça; de outro modo a obra já não é obra” (Rm 11:6).
Deus deu uma lei ao povo de Israel, que, como nação, deveria cumpri-la. Se obedecessem aos estatutos e mandamentos do Senhor, Ele o confirmaria como Seu povo, e seria Seu Deus. Mas se o povo quebrasse os diferentes mandamentos divinos, então o Senhor estaria contra ele, dispersá-lo-ia pelas diversas nações e o afligiria com diferentes pragas, até destruí-lo. Ele disse: “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os Seus mandamentos e os Seus estatutos que, hoje, te ordeno, então virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão: Maldito serás tu na cidade e maldito serás no campo” (Dt 28:15-16).
Todos os que não viveram de acordo com a lei, teriam a maldição. Para os judeus foi praticamente impossível guardar a lei, porque quiseram fazê-lo sem fé, e sem fé é impossível agradar a Deus. Também hoje existem algumas correntes religiosas que pretendem fazer o que os judeus não puderam, submetendo seus fiéis a uma religiosidade baseada em normas novamente externas e deixando de lado o poder da fé. Paulo escreveu: “Os que se prendem à lei judaica para salvar estão sob a maldição de Deus”.
As Escrituras dizem claramente: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da Lei, para praticá-las” (Gl 3:10). Em sua carta aos Romanos, Paulo disse: “Visto que ninguém será justificado diante d’Ele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm 3:20). E acrescenta: “Sendo justificado gratuitamente, por Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:24). “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10:4).
Ainda que faça parte da Palavra de Deus, a lei expôs a justiça divina ao povo de Israel, mas, com a morte de Cristo na cruz, também morreu a lei e renasceu a graça. A severa justiça é exata, precisa, imparcial, objetiva e não permite aproximações de nenhuma índole. Mas, na cruz, encontraram-se a severa justiça de Deus – “A alma que pecar, esta morrerá” – e a misericórdia divina – “Mas Deus mostra Seu amor para conosco, em que sendo ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Rm 5:8). Deus, em Sua justiça, tinha que castigar o pecador, mas em Sua misericórdia preferiu castigar Seu próprio Filho, para, assim, poder salvar toda a humanidade, que, por si só, já estava perdida.
Paulo disse: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Rm 3:28). “Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça” (Rm 4:4-5).
Continua na próxima sexta.


Shilton Assunção
mana.cotidiano@gmail.com

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